sexta-feira, novembro 28, 2008

Céu Negro

Adoro o céu quando ele está assim, escuro, preto, negro. De longe, enquanto corro pela avenida vindo para Santo André, vejo que sobre ele se desenham monstros com tentáculos: são manchas cinza-claro, quase brancas, nuvens frias como o vento lá de fora do carro, que queria ver voar. Corro encantada em direção a essas imagens geladas: o branco no negro, um desenho forte que se transforma sem que ninguém possa fazer nada, que fortalece a madrugada. Enquanto isso, eu penso que tenho que correr menos, mas não consigo ir mais devagar. Penso bobagens: "morrer seria bom assim, na velocidade, num choque rápido, sem dor". Mas não quero morrer. São 30 minutos. Aqui, a nuvem clara desaparece. É que estou dentro dela, suponho. Entrei na nuvem e a noite agora está embaçada. Mas, do lado de fora do carro, o cheiro que sempre me encanta e me envolve: o biscoito quente, saindo no forno, que esquentará o meu sono, meu alegre sono.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Talvez...

... o pior de tudo seja a falta de vontade de escrever.

Nenhuma frase, nenhum linha, nenhuma letra.

Este tem sido o "efeito colateral".

Mas, mesmo assim, as palavras devem sair. Mesmo que espremidas.

É um tipo de "o show deve continuar".

Mas sem vontade alguma.

:-!

terça-feira, novembro 18, 2008

De "O Mundo Perfeito"

Fusão

Lá estarás à minha espera, no final. O meu coração há de sobressaltar-se,
quando te vislumbrar na distância, e hei de, num segundo, rememorar todo o nosso amor, cópia total do que me dedicas. E a falta, a ausência, a distância será recompensada nesse abraço que dermos, que não será um reencontro, um mero abraço e um beijo, mas a merecida fusão das nossas almas, para não mais se desencontrarem.

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:-) e olha que a Isabela, dona do blogue, nem parece romântica....