terça-feira, dezembro 21, 2010

Teoria e prática

Gostei do que disse. Suas palavras encontraram o meu pensamento. Que o ideal é a gente conseguir viver o amor como uma verdadeira amizade erotizada, manter o brinquedo, a leveza, o afeto. E acrescento: sem o apego doentio, sem a cobrança excessiva, por aquilo que nem nós podemos dar, sem achar que somos o umbigo do universo. Isso é o melhor do amor. A sua essência, eu diria. Mas nós, pela cultura que temos, por descuido e até sem nos darmos conta, acabamos procurando só o romance com sofrimento, o relacionamento "ideal" que não vê o outro, a renúncia, como se a dor fosse sempre necessária no amor. E sabemos que não é. O amor deve ser construção. Sempre. O desafio é levar a nossa teoria à prática.

domingo, novembro 28, 2010

Espaços

Desejo latente
Amor dormente

Desejo ardente
Amor ausente

Sexo caliente
Amor premente
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segunda-feira, novembro 08, 2010

I Ching do dia

Tai: A Paz,


Este é um bom momento de harmonia no qual reina a paz, a concordância e o sucesso. Se você deseja prosperar e ter sorte, terá de tentar manter este estado, sendo ajudado por alguém que seja capaz de estabilizar melhor esta situação favorável.

:-)

quarta-feira, novembro 03, 2010

Clarice Lispector

Dá-me a tua mão desconhecida, que a vida está me doendo,e não sei como falar - a realidade é delicada demais,só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.


Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

:-)

domingo, outubro 31, 2010

Pensata e Resposta

Algo bom até pode começar com o impulso do desejo,
mas não pode continuar - e muito menos perdurar -
sem a cumplicidade do afeto.

:-)

....

quarta-feira, outubro 06, 2010

Saudades

Veio assim como um toque no coração, uma vibração boa, inesperada, silenciosa e acalentadora. Daquelas que te fazem fechar com olhos com suavidade e respirar fundo, soltando o ar devagar, como num suspiro prolongado. Começou no fim da tarde, no meio do trabalho, sem que eu provocasse, sem que eu estivesse pensando no assunto. Estranhei porque, na verdade, sempre penso em tudo o que passou, refaço cada passo, relembro cada palavra dita e escrita e, nem mesmo assim, sinto esse toque no coração. Já senti outras coisas, boas e ruins, bem sei. Nó na garganta, euforia, enjoos, aperto no peito, dores no útero, olhos úmidos, borboletas no estômago, a carne trêmula, os músculos se encolhendo por conta própria.... Mas este toque no coração, essa vibração alegre que senti hoje há muito, muito mesmo não sentia. E nem sei explicar racionalmente porque senti. Não tinha música, não tinha poema, não tinha mensagem, não tinha nenhuma imagem que me inspirasse. Pelo contrário. Tinha o frio do ar condicionado e o burburinho da redação. Fiquei tentando imaginar se era fruto da minha atual tristeza. Não consegui chegar a uma conclusão. E, já que bem tarde da noite, quando saí do trabalho, a sensação ainda estava lá, insistente na sua certeza, decidi me render a ela. Curti-la até o fim, simplesmente porque era muito boa, autêntica e minha. Só minha.  E, afinal, saudades é como o amor de verdade. Não tem muita explicação.Ela simplesmente é. Não há muito o que controlar.

;-)

sábado, outubro 02, 2010

Passatempo

É engraçado como as coisas comuns da vida ficam tão sem sentido quando a dor da morte que parece certa chega assim tão perto de você.
Nada parece ter mais muita importância.
Mas, o mais curioso, é que é para o dia a dia insosso que a gente quer correr quando a morte se aproxima.
Ele poderia ser ruim, mas é nele que está na nossa proteção contra a dor.
Então, a gente tenta mergulhar no mesmo ritmo antigo, insistir nas mesmas ações mornas, retomar antigos desejos superficiais não-realizados.
Mas, aí, isso que a gente chamava vida parece que é só uma distração, um passatempo.
Você tem que encontrar um outro sentido para as coisas.
E aceitar que aquela dor da morte próxima te mudou tanto que é impossível ser a mesma de antes.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Vidas suspensas

Primeiro, as veias estavam entupidas. Depois, a falta de ar, a fraqueza, as ideias confusas. Então, veio lá o estômago ferido, sangrando. Uma cauterização resolve, disseram. Mas, agora, é o sangue ralo, que não se reproduz, o problema.
E ele reaje. Ao modo dele, mas reaje.
Está cheio de problemas, e ainda lhe faltam a paciência, a resignação, a quietude. Ele se enfurece.
E ele não está errado, está?
Como deixar de brigar, de aceitar a maca se sua vida toda foi de liderança?
Como ser paciente agora se ele sempre fez tudo primeiro, na frente, rápido?
Mas, agora, tudo tem que esperar. É como se nossas vidas estivessem suspensas...

E, então, como a quietude agora é obrigatória, um comprimido, uma dose de sedativo, seria a solução.
Mas para ele não é.
Ele até dorme, mas quando volta, mesmo zonzo, se debate, quer arrancar o soro, sair de lá.
Como um bêbado, caindo, sem se aguentar sobre as próprias pernas, e nem sobre o próprio tronco, ele me diz, como se reclamasse do atendimento de um restaurante: "Filha, nunca mais volto aqui!". Ou "Filha, vou levantar porque tenho que buscar sua mãe!"
E eu o coloco de novo deitado. 80 quilos de pele e osso. Meu corpo inteiro dói. E todo dia sinto como se já tivesse vivido isso. É um 'de javu' atrás do outro.
Até quando? Ele resiste? Eu resisto? Tudo que me dizem é "você tem que ser forte". E eu estou cansada de ser forte. Até quando eu tenho que ser forte? Será que tem alguém que pode ser forte por mim?
E é inevitável pensar no futuro.
Porque, depois disso, seja o fim que tiver tudo isso, nossas vidas não serão mais iguais. A vida deles aqui vai mudar. E a minha longe daqui também.
Se sobrevivermos ou não, depois disso, temos que pelo menos mudar o modo de pensar e de agir na vida.
E, enquanto isso, temos que aceitar que nossas vidas estão mesmo suspensas.
Pra repetir um clichê, eu queria acordar e perceber que tudo foi só um pesadelo.
...

sábado, setembro 04, 2010

Pai e mãe

Eles agora estão mais frágeis, e isso me assusta. Ela me diz que ele fala coisas sem nexo, vê uma casa duplicada, dorme fora da hora e fica alerta na hora de dormir. É a idade, eu sei. Ele, que sempre foi forte, agora cambaleia, chora, olha para o nada. E ela, que sempre foi mais dependente, tem que criar forças que nem ela mesma sabe que tem.
E eu, aqui de longe, posso fazer o quê? Dou conselhos, digo que é uma fase, ele está doente, vai passar. Mando dinheiro, peço para eles voltarem, vou até lá de vez em quando, mas a vida nessas horas é tão madrasta que, no momento que eles mais precisarem, que é inesperado, como eu poderei estar lá? Como vou poder adivinhar? E foi uma escolha deles passar a velhice lá, num lugar tão distante...
Tudo que sei é o que os dois me contam, e nem sei se me contam tudo o que eu preciso saber. E nem sei se eles sabem exatamente o que acontece com eles. Isso é que é mais assustador. Eles também não sabem...
E não é só medo que tenho. Fica junto um outro sentimento que eu nem sei dar nome. É um tipo de pena, de melancolia, saudades pelo que os dois já foram e que agora não aguentam mais ser e uma necessidade de se conformar com o ritmo da vida. É a vida... infância, juventude, maturidade, velhice... Ela vai chegar. E ele sabia disso, porque sempre me disse que a velhice dele ia acontecer.
Mas, de uma forma ou de outra, os dois sempre estiveram por aí. Agora, com ele doente, parece que fica concreto o que ele sempre falou por hipótese... que um dia não estará.
E eu aqui, sem poder mudar o rumo das coisas...

;-)

PS - Há 11 anos Heloisa partia.

...

segunda-feira, agosto 30, 2010

Após 400 anos, vulcão entra em erupção

Isso é a melhor prova de que tudo muda.
Sinal que sempre é tempo de se mexer, explodir e voltar à ativa.

:-)

sexta-feira, agosto 27, 2010

Primeiro aniversário

Tô feliz da vida...
Agora, só faltam 29 anos pra eu quitar meu apartamento.

:-)

sexta-feira, agosto 06, 2010

Eis o espírito

É a vida

Só a vida....

:-)

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sexta-feira, julho 16, 2010

Só o melhor

Hoje eu não fui na Vera. Preferi ficar sozinha em casa, lavando minha roupa, curtindo a Cléo, fazendo coisas simples...
A Vera já nem liga das minhas faltas. Quando liguei avisando, ela só quis saber se estava tudo bem. E achei curiosa a minha resposta tão espontânea, mais por causa do que me disse a Vera na sequência:
- Estou bem. Cheguei inteira na sexta-feira, e olha que eu imaginei que não ia conseguir.
- Mas é que, Vivi, quando a gente faz a coisa certa, pode até ficar triste, mas fica em paz.

Fiquei pensando nas coisas que a Vera me diz. Ela está certa, não é? Acho até que é mais do que fazer o que é certo. A gente fica em paz quando faz a coisa certa com o melhor que podemos ser e sentir:
sem medo, sem rancor, sem orgulho e, principalmente, sem mágoa.

É só fazer o que é certo com o melhor que temos no nosso coração.

sábado, julho 03, 2010

Um time para chamar de meu

Depois dessa Copa, acho que preciso escolher um time para chamar de meu.
Até hoje, sou  uma pessoa tucana quando o assunto é futebol. Mas a Copa me envolve, e mesmo o time do Dunga sendo ruim, me esforcei usando uma camisa canarinho e parando de fazer tudo para ver o jogo (mas um só consegui ver inteiro, e foi o melhor, contra o Chile, 3 a 0).
O que invejo é a paixão que as pessoas sentem pela causa. Olhos brilhantes, respiração suspensa, coração acelerado, na ponta da língua os nomes dos jogadores, posição, fraquezas, suas histórias pessoais. Eu não sou assim e queria muito ser. Ter essa paixão!!!
Mas não consigo escolher entre as opções. Pergunto para os amigos e me dizem que devo pender para o Timão. Me dá calafrios, mas lembro do Carnaval, os sambas da Gaviões, sempre bons, deliciosos. Se deixar os preconceitos de lado, dá até pra considerar. O Palmeiras nem pensar, simplesmente porque odeio aquele tom de verde. O São Paulo é o time do meu pai e me parece tão certinho, tão redondo, tão Morumbi. Acho que vou acabar virando Santista, ir mais para a praia, curtir a maresia.... Me disseram para eu torcer para o 15, qualquer 15, que terei vários times para torcer. Não vale, né? Torcer pelo Santo André também não vale, este vou torcer sempre, mais mesmo por obrigação, porque esta é a city do meu coração.
Não é um grande dilema, eu sei. É uma bobagem, mas é só algo que eu queria... Como tantas outras coisas coisas que eu queria...
Vamos ver se até o fim da Copa eu consigo me decidir. Senão, se ainda estiver por aqui, daqui 4 anos eu penso nisso de novo.
:-0

terça-feira, maio 18, 2010

Loucos & Santos

O poema não é meu, mas me foi dado de presente. Então, merece estar aqui. Os destaques são meus.



Oscar Wilde

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábito.

Fico com aqueles que fazem de mim Louco e Santo.

Deles não quero respostas, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e que aguentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão

pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de

aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos e nem chatos.

Quero-os metade infância e a outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos

para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos nunca

me esquecerei que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


quinta-feira, abril 08, 2010

Depois do cinza

Depois que passa aquela garoa fina, que encharca, esfria e deixa tudo cinza, a visão do Céu Azul, salpicado de nuvens que parecem algodão, sempre me soa como um alerta, uma lembrança, ou a certeza de que o Sol sempre volta a brilhar.
Aliás, o Sol, diferentemente da garoa fina, sempre está lá, no azul do céu, pronto para nos esquentar e acalentar. A chuva sempre passa.

terça-feira, março 16, 2010

Missão cumprida

...e eu sai de lá feliz, muito feliz!

Foi uma sensação de missão cumprida, de satisfação por ter seguido uma intuição meio estranha no começo, dolorida até porque significava ruptura, mas certeira.

Não conseguia deixar de esconder meu sorriso, querendo, sozinha, correr pela rua como uma criança, ou como alguém que sabe que terminou bem um ciclo, uma história, uma parte da vida, e quer comemorar. Porque pode seguir em frente sem ter que olhar o que ficou para trás, sem pendências a resolver, sem rancores a cicatrizar.

Sai de lá já pensando em escrever essa sensação boa, registrar pra não esquecer, inventar um conto em cima da  história da minha vida real. Tinha que registrar. Há tempos também não tinha esta vontade, de descrever uma sensação. Tudo é motivo para comemorar.

É que, afinal, não é todo dia que a gente recebe a notícia que o ex está namorando. E fica satisfeita.

"Meu Deus, que notícia boa! Como é bom ver de novo sua cara feliz", digo para mim mesma, enquanto ele me dá alguns detalhes do seu novo romance, animado, meio sem jeito, naquele tom de quem confidencia algo muito importante, mas que eu já sabia por intuição, como uma mãe ou uma irmã que conhece bem com quem está falando.

- Eu já sabia - eu lhe digo.
E ele me olha meio incrédulo, é lógico.
- Como?
- É que era tão óbvio. Ela gosta de você há tanto tempo, estava tão na cara. Eu já havia lhe dito isso.

Engraçado esta sensação. Estou conseguindo contrariar a Ana, que sempre dizia:
- Você vai ver quando ele começar a namorar... Vai querer morrer.

Não, Ana, não vou. Pôxa, fiquei feliz mesmo.

Mas, antes de escrever, tenho que contar pra Bia, minha cúmplice de todas as horas.... e nós duas rimos a valer... é que a gente já tinha falado muito a respeito. Em casa, já tínhamos, numa íntima conversa feminina entre mãe e filha, especulado sobre o namoro do pai dela, que a gente suspeitava estar rolando. Também falei antes para preparar o seu espírito, ver sua reação para algo que estava ali, maduro para acontecer. Agora o que era suspeita, acontecia, desabrochava.

"É a minha menina se comportando como mocinha", penso. "E ele lá, todo preocupado com o que ela ia dizer....Por que os homens são assim, tão bobos?", sorrio de novo.

Ele estava preocupado com a reação dela. É natural.

- Ainda não contei pra Bia - ele me disse - Achei melhor, não sei como ela vai reagir - É... Afinal, como ele podia saber o que a filha ira achar, sentir. Dá pra entender.

- Desencana, eu falei pra ela e já faz tempo. Você só está me dizendo algo que nós duas já sabíamos. Eu e você fizemos tudo direitinho, fica tranquilo. Ela vai achar natural.

E achou mesmo. Morreu de rir muito mais do que eu.

- O importante é ele estar feliz, né, mãe?

- É isso aí, Bia. E agora ele está bem melhor.

- É, eu também acho!

;-)

segunda-feira, janeiro 25, 2010

2010 - Primeiro post

É, sumi daqui.
Não tem nenhum motivo especial eu ter parado de escrever aqui. Aliás, não parei. Só não escrevo há quase dois meses. Sempre posso voltar, e sempre vou voltar. Escrever aqui é um exercício delicioso. Um impulso que já me fez muito bem, mas também já fez muito mal.
Engraçado isso.
Uma reflexão.
Poderia dizer que não tenho tido vontade de escrever. Não seria de todo mentira. Nem de todo verdade.
E também poderia dizer que não tenho o que escrever. Seria pura desculpa. Todo dia penso em algo para colocar aqui. Um papagaio no ar graças a mão de um moleque que corre no meio do trânsito, um arco-íris raro na manhã chuvosa, o alagamento do dia, o encontro amigo, as saudades de sempre, os problemas diários, o choro de raiva, sei lá.
Mas o que tenho pensado ultimamente perde a força ao longo do dia e não se transforma em letras, conto, poesia ou o que quer que seja.
Tenho tido as histórias, e a vontade, mas nada disso tem sido suficiente para me tirar da paralisia.
E hoje estava pensando bem sobre isso. Do porquê disso. E o impulso voltou, naturalmente.
Acho que parei por um tempo, suspendi o ato de escrever por impulso porque a escrita, aqui neste espaço, é remédio, é desabafo, e é, principalmente, sem compromisso.
Ela vem naturalmente, como algo incontrolável, fluindo nas pontas dos dedos. Muitas vezes ela me deixou feliz, outras muito triste. Ela também foi instrumento de provocação, foi incompreendida e até irresponsável. E está certo porque é tudo isso que é o impulso na vida da gente. Mas nada disso me fez seguir ou parar. Aqui, escrever, simplesmente é.
Estou numa fase mais comedida, mais reflexiva, mais "pé no chão", talvez. Por isso, acho, os textos feitos por impulso têm sido mais difíceis de serem dedilhados.
Escrevo sim toda semana um conto, obrigação do ofício, história contada ou inventada, com começo, meio e fim.
(Teria eu aí o desafio de encontrar o meio termo entre o impulso e a obrigação? Mas essa é outra reflexão, de outro hora.)
O bom é que, mesmo mais no chão, continuo com os meus sonhos, as meus planos e objetivos reais e surreais. Estar menos impulsiva não significa esquecer que existem nuvens a alcançar. O mundo, para mim, nunca foi  cinza e o meu, ultimamente, anda bem lilás. Ando muito feliz e sem vergonha ou constrangimento de declarar.
Portanto, volto aqui de vez em quando, quando der certo, quando pintar, enfim, qualquer dia desses, quando rolar.