Se eu pulo e corro na água sem sair do lugar,
fecho os olhos e, com a música ao fundo,
saio do chão.
Eu flutuo.
É como se eu pudesse deixar lá o meu corpo
e sair para outra dimensão.
Eu volito.
E, conforme me movimento sem sair do lugar,
também se movimenta o Som.
Ele não está mais à minha frente.
Ele está à minha volta, ao meu redor.
Eu o Sinto e o percebo sobre a minha cabeça,
nas minhas costas,
como que rodando e roçando o meu corpo.
Entro em êxtase. Páro de respirar por instantes.
Abro os olhos.
Onde estou?
Onde estão todas as outras?
Olho para trás e lá estão elas, viradas para frente,
prestando atenção ao que ele diz.
Me volto, meio constrangida, mas feliz.
Estou inteira. Estou íntegra. Estou aqui.
Ninguém percebeu minha viagem particular.
Continuo pulando e correndo, flutuando na água,
mas agora de olhos abertos, olhando pra frente,
olhando para dentro, olhando para mim.
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