Parece que agora eles pisaram no chão.
É como se nenhum deles quisesse mais se arriscar em devaneios e fantasias.
É um pouco triste isso. Porque o que há por trás é uma tentativa de brecar o desejo.
Mas o desejo é como um curso d'água represado, que um dia precisa escoar.
Então, com os pés no chão, eles se esforçam para contê-lo, mas intuem que um dia ele vai transbordar descontroladamente. Novamente.
Só não sabem de qual forma. E se isso lhes trará a felicidade.
Mas também há nisso o seu lado bom. Sempre há.
Com os pés nos chão, eles repassam sua história, analisam o que foi certo e errado.
Eles afastam as culpas, acalmam o coração, respiram com folga.
Talvez sonhem. Quem sabe têm planos curtos, porque não querem mais nada a longo prazo. Pode ser.
É que nada que tentem pensar além alegra a sua alma.
É certo que vivem conformados por ter o mínimo, e se sentem seguros porque o mínimo está no agora, na vida que parece real.
Mas não é.
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