Uma a uma, ela vai colocando as minhas coisas na mala.
Ela gosta desta tarefa... arrumar as malas da mãe.
Ela enrola as camisetas para mais peças se encaixarem na mala.
Me avisa que os cintos não ficam enroladinhos e que ocupam muito espaço.
Conta que colocorá as meias nas bolsas laterais.
São tantas coisas que duas malas não dão.
Teremos que levar em mais de uma etapa.
Por enquanto, deixo as coisas do cabine em outro armário.
Por enquanto, os sapatos vão ficar em sacolas e as blusas de lã em caixas.
No ap, casa nova, o espaço para as minhas roupas ainda não está pronto.
Mas, na casa velha, elas já precisam deixar o espaço aberto para quem é de direito.
A fase negra já passou, eu penso. E como essa sensação é boa.
Eu vou embora daqui a pouco com a consciência leve.
Há um ano isso parecia impossível, inatingivel.
Mas agora está tão próximo, uma questão de dias, horas.
E o que levo comigo é como uma sensação do dever cumprido.
Até a tristeza que poderia surgir em meu coração por causa da tristeza alheia não consegue se instalar.
Eu estou realmente feliz. E satisfeita com o desfecho de tudo isso.
Hoje, no ap, eu quis que ele também se sentisse feliz.
Vai tudo ficar bem, você vai ver, eu disse... nós somos irmãos.
E ele falou em estar conformado, tudo bem...
Achei boa a resposta, que reforça ainda mais a minha certeza e libera ainda mais a minha trilha.
É porque acredito que quem ama não se conforma.
;-)
2 comentários:
Tá vendo? Livre para viver e amar... Etapa cumprida.Tô feliz por você. Conseguiu. Parabéns!!!!
AP
Muito romântico esse seu "livre para amar"... Porque eu nunca deixei de amar, baby... Sou uma eterna apaixonada inconformada... ha ha
tks e beijos
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