sexta-feira, agosto 14, 2009

A aventura começou. De fato

Eu sei que a reflexão não é nova, mas é que é muito legal pensar no significado dos papéis que ganhamos e assinamos ao longo das nossas vidas. Vou citar só alguns mais manjados.
O primeiro é certidão de nascimento, papel que estabelece que nós existimos. Sem ela, não há nem como ser reconhecido neste mundo, ter direitos, tomar vacina, ir pra escola, etc e tal.
Depois, vem lá o RG, um número de registro geral. Me sinto como um móvel de uma empresa que ganha uma chapinha para ficar marcado como um "patrimônio". Sem o RG não temos identidade.
Antigamente, a carteira de trabalho era o must. Para muitos, a prova de que o cidadão era trabalhador e gente de bem. Hoje, na economia mais informal, onde os marreteiros e os "pe-jotas" viraram moda, ela está meio em baixa, mas há quem ainda a considere, desde que assinada, um símbolo de retidão e vida acertada.
Tem também quem ache o máximo a certidão de casamento. Um símbolo de amor e compromisso, alguns ainda acreditam. Mas, para este papel eu nunca dei a menor a bola. Sempre o considerei uma formalidade dispensável quando duas pessoas que se gostam querem se unir. Para mim, a certidão de casamento sempre cheirou mais a contrato de sociedade. E, até hoje, não sei porque eu assinei a minha. Penso que foi um momento, fazia parte daquela fase da vida, e achei que ela era uma garantia para as crianças. Mas, acima de tudo, era um ato de carinho, porque eu percebia que assinar era importante para o meu parceiro. O faria feliz.
Hoje, exatamente hoje, eu assinei um outro papel com o meu coração dando saltos de felicidade. Sinto muito, Mauro, mas muito mais do que no dia do nosso casamento no cartório.
Me senti uma criança ao ganhar o presente que pediu para o Papai Noel. Hoje, assinei o contrato de compra do meu ap, talvez o primeiro e único nesta vida.
Colocar lá meu nome foi como carimbar o passaporte para uma viagem a um lugar desconhecido. É como ter iniciado uma daquelas deliciosas aventuras que a gente planeja e planeja, mas que acabam cheias de imprevistos, e, mesmo assim, a gente nunca se arrepende de tê-las realizado.
O papel de hoje também significa uma dívida de décadas e um aperto ainda incerto no orçamento, mas são "pedras" nas quais eu vou pisar com satisfação, sem chororô.
É isso!
Hoje, eu, com orgulho, virei um bobalhona feliz, porque proprietária da minha própria casa!
;-)

Um comentário:

Nádia Argeri Burghi disse...

É tão bom!! Feliz ap. para vc e para mim!