São duas pessoas tão diferentes que é difícil imaginar porque se aproximam.
Não têm nem gostos, nem hábitos, nem objetivos em comum. Também não convivem no dia a dia.
Resistem até alguns dias, mas acabam se vendo nem que seja no mais tarde da noite.
Por que motivo?, eu me pergunto.
Quero colocar razão onde, talvez, seja melhor deixar só o coração e o instinto mandar. Mas não tomo jeito, quero entender o que é isso.
Pelo desejo, com certeza, sempre... Corpos que se encaixam tão bem, o que é tão raro de se conseguir nesta cidade infinita. Corpos que se amam com o único compromisso de um dar prazer ao outro. É tudo tão simples assim, sem sair de dentro das quatro paredes.
Mas, ultimamente, também pela solidão, eu percebo. Nenhum deles quer largar seu mundo independente, mas a solidão às vezes é pesada demais... Então, se encontram, nem que seja apenas para falar e falar, e rir e brincar. Ou nem que seja apenas para ficarem quietos, sem nada falar.
Entre quatro paredes, duas pessoas tão diferentes, de repente, são tão iguais pela solidão e pelo desejo.
Vou correr lá e contar para eles que descobri o seu segredo.
:-)
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