domingo, dezembro 31, 2006

A melhor parte chegou

Foram apenas 30 minutos da minha casa até o jornal.
A cidade vazia é a melhor parte desse plantão.

Enfim, 2006 acabou. O fim de ano chega tranqüilo, de um jeito que nem pude vislumbrar há alguns meses. Está como praia no fim de tarde.

Nada como o tempo mesmo para transformar situações, consolidar sentimentos e fortalecer convicções. E nada melhor do que ele para limpar a neblina que às vezes insiste em atrapalhar a nossa visão.
Os sentimentos continuam vibrando, como no início de 2006.
Mas o coração está pacificado, leve.

Escrevo aqui o que estou pensando, nessa solidão que é o Réveillon em um plantão. Solidão, mas com muita gente em volta. Pessoas sem vínculo para comemorar datas especiais, mas unidas por um osso imposto pelo trabalho. Faz parte.

E escrevo sem compromisso, como num confessionário. Como que sussurrando algo, que só eu escuto.

Não tenho desejos ambiciosos para 2007.
Mas quero muito continuar a me surpreender a cada dia. Comigo e com o mundo.

E, numa daquelas certezas esquisitas que às vezes sinto, sei que 2007 vai ser melhor que 2006.

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