sábado, setembro 05, 2009

O tempo resolve tudo

É a mais pura verdade isso, que mais parece lugar-comum. Há exatos 10 anos eu estava chorando muito. Não quero falar aqui de tristeza, porque este não é o meu estado de espírito atual, mas é que as datas que nos marcam nem sempre são felizes e não vejo nada de errado em valorizar também o que nos doeu. Porque, ao superar a dor e aprender com ela, a gente fica tão mais forte e feliz. É só não se deixar amargurar.
Heloísa se foi em 4 de setembro de 1999. Era um sábado e, como hoje, eu também estava de plantão neste jornal. Vim trabalhar porque era muito comum a Helô ter crises como as que ela estava tendo naquele início de feriadão. E eu tinha a babá e o pai para cuidarem dela. Quando o Mauro me ligou no jornal no fim da tarde eu sabia que era algo muito grave. Mas essa história eu já contei aqui.
O que quero hoje é falar do tempo. E, acho, agradecer a ele. Não porque ele me faz esquecer. Isso ele não consegue. Nada do que é realmente importante se apaga da minha memória. Mas porque ele tem me feito entender o porquê das coisas. E leva também pra longe as minhas dores.
Hoje, 10 anos depois, eu só posso agradecer por ter tido o privilégio de conviver por pouco mais de dois anos com a Helô. E, sempre que preciso de um pouco de luz, é nela em que eu me inspiro.
Afinal, Heloísa significa "aquela que traz a luz".



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Um comentário:

Anônimo disse...

oi coração!
se cuida e vamos nos ver logo, né?
bjs
San