domingo, abril 13, 2008

Entre Suzana e Lya

Teve uma época que eu gostei muito de Lya Luft. Li uns dois ou três livros dela e me encantei com a forma emotiva como ela descreve os sentimentos mais simples da vida. Nunca concordei com classificação de "auto-ajuda" que alguns dão à sua obra, simplesmente porque a vejo como uma autora sensível. Mas confesso que depois que li algumas de suas colunas na Veja me decepcionei. Não gostei nada das suas opiniões sobre política. E simplesmente me desinteressei por ela.

Mas Lya Luft volta a escrever ficções e não dá pra negar a sua sensibilidade quando se trata de analisar a alma do ser humano. Ela deu semana passada uma estrevista ao Caderno 2 sobre o seu novo livro, que fala sobre a incomunicabilidade, e me deixou um bocado curiosa. Num trecho da entrevista, ela diz porque o assunto a fascina: "a palavra que você não disse quando devia ter falado e a palavra que você disse quando devia ter-se calado. A grande dificuldade nos relacionamentos humanos baseia-se em grande parte na incomunicabilidade, da forma que você vê o outro e como isso pode provocar o preconceito."

É, talvez eu volte a ler Lya Luft.

Mas, por enquanto, estou mesmo interessada é em terminar de ler Suzana Flag. Esta me inspira menos emotividade, mas, em compensação, me deixa muito mais crua.

:-)

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