quarta-feira, abril 23, 2008

Começo que não acaba

Depois da saga que não acaba sobre a queda do sexto andar e do vôo tragicômico de balões para a morte, vem o tremor de terra na cidade.
Alguém aí sentiu a terra tremer?
Eu senti. Sensação que se tem quando se levanta rápido da cama de manhã - um bambear. Pequeno tremor. Um delícia de tremor, aliás.
Mas estou cansada. Não temos um dia de trégua.
Devia dar graças à Deus. Afinal, a Isabella saiu um dia do foco, mas o terremoto provocou outro tipo de abalo.
Todos ficam mais enlouquecidos, mas agora em dose dupla. São dois focos. E, ainda por cima, não vamos para o céu, porque não paramos de rir do padre maluco, que se meteu numa aventura sem sentido.
Esse começo de ano não acaba... Será esse o ônus de ter o Carnaval mais cedo, coisa que eu tanto festejei?
O mundo pode parar pra eu descer?
Alguém pode me socorrer?
A impressão que tenho é que as horas e os dias estão confusos. Hoje, não sabia se era terça ou quarta. Por um momento achei que era quinta. E não é primeira vez que sinto isso. Será efeito do feriado? Parece que já estamos em outubro, tanta coisa que já aconteceu este ano na minha vida e na vida do mundo. Mas é só abril, quase maio, aliás. E, em menos de um mês (Não, dois. Olha aí a confusão, não disse?), faço 42. Imagino o que pode vir no meu inferno astral.
E venho pensando nisso tudo enquanto dirijo de volta pra casa. Quase uma da manhã, o que pode acontecer, eu penso? Nada. Mas não é que vem lá um carro na contramão na Avenida dos Estados!!! Penso: eu já estou vendo coisas... Mas não, é um carro na minha direção mesmo. Sorte que desviou antes de me alcançar. Acho que eu não teria reflexos para evitar um choque. Ele entrou na viela de uma favela. Nem na madrugada estou livre das palpitações.
Então, tenho ou não motivos para estar farta deste começo de 2008?

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