quarta-feira, outubro 22, 2008

Nua

Andei dizendo por aí que esse poema era da Elisa Lucinda. Me enganei. Não é. É da Isabel Machado. Correção feita, poema republicado. É um dos meus preferidos.

Porque me despes completamente
sem que eu nem perceba
E quando nua,
por incrível que pareça
sou mais pura.
Porque vou ao teu encontro
despojada de critérios
Liberto os mistérios,
mas sem perder o
encanto
Porque quando nua
sou única
e exclusivamente tua

;-)

2 comentários:

Anônimo disse...

Um sorriso

Quando
com minhas mãos de labareda
te acendo e em rosa
embaixo
te espetalas
quando
com o meu aceso archote e cego
penetro a noite de tua flor que exala
urina
e mel
que busco eu com toda essa assassina
fúria de macho?
que busco eu
em fogo
aqui embaixo?
senão colher com a repentina
mão do delírio
uma outra flor: a do sorriso
que no alto o teu rosto ilumina?

Ferreira Gullar.

Anônimo disse...

bonito! :)
San